Prece mártir
Foram nadas cheios de tudo
Nunca rasos mas profundos
Para um amor cego e mudo
Vegetando só, entre dois mundos.
Prece mártir, que os joelhos dobrou.
Ao convés de um navio solitário
Suplicando o amor que naufragou
Vendido por um mundano denário.
Menina frágil sem armadura.
Que espada feriu sem compaixão
De um amor conduzido à sepultura
Aços cercam agora teu coração!
Aprisonas quem foste outrora.
Pomba branca que se fez leão.
Borboleta Raquel