Amor místico
Solene, a suavizar os seus desejos...
Perene, que é um amor... Se eu sinto casto...
Que fulgure o meu peito sem arrasto,
Tem respeito, com tênue azo e sem pejos.
Que murche o sofrimento sem lampejos,
Eu, um poeta ciumento, amado e vasto;
Quem te ama mutuamente num bom rasto...
Realmente, não possuo uns malfazejos.
Eis que me ama, querida, não me esquece...
Embora eu te encha de ébria e erma emoção
Devido à ausência, que erro... Mas sem prece!...
Como meu anjo incólume do amor
Que eu ainda me apaixono em vastidão,
Luzidia e divina entre o valor.
Lucas Munhoz
(14/05/2022)