As janelas que batem

 

Nos redemoinhos errantes dos ventos

Batem fortes todas as portas e janelas

Rebeldias extravasas, rugindo te rebelas

Gritos ecoam em nuvens de sentimentos.

 

Esculpes delicadas palavras num labirinto

Vais ruindo lentamente, constróis com amor

Aprumas-te pelas arestas fazendo no ardor

Impressiona nas ambiguidades o teu instinto.

 

Na quietude da noite a brisa perpassa suave

Acalma a queda das folhas, exaltam as flores

Suprem os espaços vazios com as belas cores.

 

As portas e janelas se aquietam sem entraves

Bocejo nos lábios à espera do sono reparador

A lua desponta distante, num olhar compensador.

 

 

 

 

 

Texto e imagem: Miriam Carmignan