Soneto Fui menino no sertão
Soneto Fui menino no sertão
Fui menino no sertão
Aprendi tanger jumento
Eu corri de pé no chão
No campo tosco e cinzento
Lá vi todo sofrimento
Do caboclo nosso irmão
Vivendo exposto ao relento
Sem nenhuma proteção
O caboclo campesino
Como presa do destino
Padeceu sempre calado
Como sertanejo nato
Vive a pobreza do mato
E morre sem ser lembrado