NÃO HÁ NADA...
O que te faltou não foi desejo,
Pois no corpo ainda há marcas,
Faltou me olhar de outro jeito,
Talvez do jeito que eu te olhava.
Tive por ti mais que respeito,
O que ainda há em minha alma,
Que é o meu eterno espelho,
Mas no reflexo não há nada...
Sem luz, brilho ou cor, é ermo,
Nem mesmo o teu olhar eu vejo,
Não há noite, dia ou madrugada.
Sem rumo, ou trilha, vou a esmo,
Assim como foram os teus beijos...
Da tua boca nunca ouvi que me amavas.