UM NOVO ALENTO
Resgatei em mim o profano canto,
que a muito dormia na solidão...
Calado, esquecido da amplidão,
que havia bem além do seu pranto...
Exalei na boca o sopro da vida,
contido na insana desilusão...
Mas, desperto agora pela afeição,
vela ao vento, cura minha ferida!
Que se dissolvam todas as amarras,
nascidas na crueza da exaustão
da escuridão que um dia me venceu...
Que novas cores tinjam os olhos meus
e dance novamente o coração
ao som de violinos e guitarras!