UM NOVO ALENTO


 

Resgatei em mim o profano canto,

que a muito dormia na solidão...

Calado, esquecido da amplidão,

que havia bem além do seu pranto...

 

Exalei na boca o sopro da vida,

contido na insana desilusão...

Mas, desperto agora pela afeição,

vela ao vento, cura minha ferida!

 

Que se dissolvam todas as amarras,

nascidas na crueza da exaustão

da escuridão que um dia me venceu...

 

Que novas cores tinjam os olhos meus

e dance novamente o coração

ao som de violinos e guitarras!

 

Zélia Nicolodi
Enviado por Zélia Nicolodi em 24/11/2007
Código do texto: T751125
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