Plenitude do amor c/ interação de Humberto Cláudio
Me valem muito pouco as tuas juras;
inúteis são teus mimos e festejos,
pois dizes que me amas, mas procuras
apenas saciar os teus desejos.
Enquanto, por te amar, apenas quero
viver em plenitude o sentimento,
meu tudo te ofereço e nada espero.
Amar-te basta ao meu contentamento.
O amor jamais impõe qualquer medida;
por ser total prescinde de resposta.
Não busca receber contrapartida.
Assim, o amor mais caro e mais bonito,
não traz consigo condição imposta
e tem no brilho um gosto de infinito.
Honrosa interação do amigo poeta Humberto Cláudio:
AMOR VERDADEIRO
O teu amor pra mim foi só desgosto;
Os dias se passavam na mesmice.
Fingias, e quiseste que eu fingisse
Felicidade no meu triste rosto.
Teu gosto, diferente do meu gosto,
Quiseste, a contragosto, que eu sentisse;
Mas eu achava aquilo uma tolice;
Enfim, tu és, em tudo, o meu oposto.
A vida foi um tédio do teu lado
Amor de faz de conta... Ó que enfado!
Como o que faz o enjoo, (e eu vomito.)
Amor tem que ser livre e verdadeiro,
Que não se venda por qualquer dinheiro,
"E tem no brilho um gosto de infinito." (MOTE).