Plenitude do amor c/ interação de Humberto Cláudio

Me valem muito pouco as tuas juras;

inúteis são teus mimos e festejos,

pois dizes que me amas, mas procuras

apenas saciar os teus desejos.

Enquanto, por te amar, apenas quero

viver em plenitude o sentimento,

meu tudo te ofereço e nada espero.

Amar-te basta ao meu contentamento.

O amor jamais impõe qualquer medida;

por ser total prescinde de resposta.

Não busca receber contrapartida.

Assim, o amor mais caro e mais bonito,

não traz consigo condição imposta

e tem no brilho um gosto de infinito.

Honrosa interação do amigo poeta Humberto Cláudio:

AMOR VERDADEIRO

O teu amor pra mim foi só desgosto;

Os dias se passavam na mesmice.

Fingias, e quiseste que eu fingisse

Felicidade no meu triste rosto.

Teu gosto, diferente do meu gosto,

Quiseste, a contragosto, que eu sentisse;

Mas eu achava aquilo uma tolice;

Enfim, tu és, em tudo, o meu oposto.

A vida foi um tédio do teu lado

Amor de faz de conta... Ó que enfado!

Como o que faz o enjoo, (e eu vomito.)

Amor tem que ser livre e verdadeiro,

Que não se venda por qualquer dinheiro,

"E tem no brilho um gosto de infinito." (MOTE).

Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 07/05/2022
Reeditado em 09/06/2022
Código do texto: T7510938
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.