INQUILINA

Perpassa o vento no torto cerrado

em sonata de sofrência e agonia

sussurrando um vazio tão lotado

de recordação e sombria poesia

Sobre a solidão, à tarde, quando

vem a sensação do fim do dia

o vão, a lembrança, em bando

que avida a dor, gasta, erradia

E, do teu olhar o fascínio ainda:

suave, impar, sujeito, presente

cravando o falto em árdua sina

Tudo, versos de tristura infinda

que aperta o coração indigente

e que faz a saudade sua inquilina...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

5 de maio, 2022, 20’00” – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/Z3XHfMZ3RE4

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 05/05/2022
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