Domínio
Silencia o teu espírito para sentir os prazeres,
Em síntese ao canto, que destemido, nos dá vida,
Arma-te de desejo para tecer tal paixão fervida,
Que faz idênticos, estes seres e seus afazeres.
Equaliza as sintonias, para entreouvir em volta
O estrondo das estrelas e dos chuviscos caindo,
Vibrações do morro e dos meninos sorrindo…
Os disparos perdidos, e o rebanho que se solta.
Inebria-te deste sol ardente, o teu fulgor na veia,
Embriagado do mar, que banha frio os teus pés…
E escuta atento a brisa, para saber quem tu és.
Flutua com as gaivotas, para conhecer a areia;
Mergulha na alma, para que nítido, veja através,
Faça da vida embarcações, e estancie no convés.