DESERTO
Dá-me, ora pois, o seu charmoso riso
Brilhante como brilha essa alma pura
Ilumina esse escuro que perdura
Nessa outra alma sofrida e sem juizo.
Faz desse seu olhar meu paraíso
E canta uma canção, depois segura
A minha mão, e faça terna jura
Do amor que você tem e que eu preciso.
Oh, não me deixe assim nessa esperança
Nesse deserto frio da minha noite
Minh'alma morta-viva não descansa.
Entrega sua flor como aliança
E livre-me pra sempre desse açoite
Que cala no meu peito feito lança.
Grato, belíssimas interações:
ESPERANÇA
Minha alma, sofrida, às vezes chora,
bem quisera, bem quisera fosse o riso,
que embalasse os meus versos nesta hora,
e meu olhar divisasse o paraíso.
Mas espero, quem espera sempre alcança,
tenho ouvido, ouvido desde criança,
este belo e veraz ditado antigo.
Assim eu prossigo caminhando,
as mãos postas em silêncio vou orando.
Quem me dera pudesses estar comigo.
(HLuna)
Realização
E ao acordar vejo-te
No rio dos braços
Te desejo na imensidão dos seus abraços
E neste oceano espero-te!
Sinto realizada na sua presença
E em teus braços que incendeia
Minh'alma deseja-te
Nesta noite de lua cheia!
Em em nossos corpos entrelaçados
Ao transbordar cristais
Entre os seus brilhos maestrais, irei te amar
E refletem o luar em orvalhos à beira mar!
Consegui flutuar com você do meu lado em companhia da lua e do mar!
Refletem o luar em orvalhos
(Marisa Sá)