ÁGUAS PASSADAS...
Quis que fosse eterna tua áurea,
Nos sedentos sonhos em mim,
Envolto nas cores, flores e afins,
Como pudesse a noite ser rasa.
Eis que me perdi nas falhas,
Desse plano límpido e tão ruim,
Jogar-me em teus confins...
Como toda chuva nas calhas.
De inicial fluxo que se espalha,
Ao meio tempo, jaz às tralhas,
Depois correr no chão assim.
Na escuridão do solo sem malhas,
Evaporando a alma que me ralha,
Por ti, em cascata, dizer sempre sim.