Nas areias ondulares
Intransponíveis são as montanhas brancas de areias
Que, inúmeras vezes, deparamo-nos com essas barreiras
Desejamos transpô-las, mas afundamos os delicados pés
Nos montes deslizantes, sem escoras, vamos pé ante pé...
Retornamos ao ponto de partida, vislumbramos uma clareira
Contrapondo-se num claro carreiro que provoca cegueiras
Com acessibilidades pertinentes aos incautos já precavidos
Aguilhoados, aturdidos, tecemos os desafios mais atrevidos.
Convictos e silenciosos, caminhamos nas tempestades de areia
Que se expandem e atemorizam nas rajadas fortes onde permeiam
Cegam olhares, turvam as mentes que alienam sutilmente a visão.
Enfrentar os obstáculos momentâneos que enaltecem nossas vidas
Estradas arenosas e desertas seguem entoando suas cantigas
Devaneios nos montes ondulados de brancuras exigem atenção.
Texto: Miriam Carmignan
Imagem Google