SONETO SURREALISTA - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros.
SONETO SURREALISTA - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros.
Às vezes eu me finjo de maluco,
cutuco minha dor com a esperança,
invento um compasso, crio a dança
qua cala a voz do meu... relógio-cuco.
O eunuco se questiona emocionado,
seu fado é divertir lindas mulheres,
na confusão do harém, como os talheres,
um prato é um eunuco desprezado.
Vou longe, a inspiração é um artista,
estranho, racional, surrealista
ou mesmo abstrato, à revelia
do que o olhar entenda ou interprete,
é como um avião que arremete,
no pouso que se dá, à fantasia.
301021 21:57