Lusitana II
O papel em branco na flébil terra
O olhar do homem que dobra a tal esquina
Enigmas no poema leve a sua sina
Na poesia sincera uma rima tempera.
O Amor rotula o adjetivo que espera
Da vaporosa intuição que se inclina
Últimas quimeras que enchem a tina
Pulsa a declinação do verso que impera.
No substantivo o ser do verbo incerto
Poesia talhada em palavras conexas
Rimas e sensações do pulsar certo.
Poema embriagado em suas rimas complexas
Cravar o papel e encher o deserto
De palavras únicas, no amor conserto.