Lusitana II

O papel em branco na flébil terra

O olhar do homem que dobra a tal esquina

Enigmas no poema leve a sua sina

Na poesia sincera uma rima tempera.

O Amor rotula o adjetivo que espera

Da vaporosa intuição que se inclina

Últimas quimeras que enchem a tina

Pulsa a declinação do verso que impera.

No substantivo o ser do verbo incerto

Poesia talhada em palavras conexas

Rimas e sensações do pulsar certo.

Poema embriagado em suas rimas complexas

Cravar o papel e encher o deserto

De palavras únicas, no amor conserto.

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 30/04/2022
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