SONETO DO DESENCANTO
Triste, eu vejo o caos nascer
Gente, se tranformando em bicho
Pessoas revirando o lixo
A sedutora mentira crescer
Lordes perversos, indiferentes
Trapos humanos rotos nas ruas
A verdade e ilusão nuas
Correndo por becos indecentes
O ódio chegar à fé do povo
Os profetas com armas de fogo
Vejo os homens ratos "em cena"
Dignidade escoar em valões
A mediocridade em mansões
E o amor preso em poemas.