Paradoxal

Evolução, discurso tão maneiro

Que chega a dar um frio na barriga

Parece faltar grão na estranha espiga

Mas vamos lá, colher maduro outeiro.

Questão que se apresenta por primeiro

Saber como o caminho consolida

O velho sonho de gozar a vida

A desfrutar de tudo em bom viveiro.

Quem dera fosse grato o paradeiro.

Mas temo haver um quebra surreal

Do que sobrar do embate, bem e mal.

Real e é ponto até paradoxal

Que a dança de um avanço evolutivo

Obrigue algum retorno ao primitivo.