Espinhos
Oh poente! Por que comigo tanto obsedas?
A todo momento afligindo meu ar pensativo
E pelas brenhas de minha pessoa, enveredas
Todo por entre um afeto hostil e agressivo.
Tu que de modo algum da vivência te apiedas
Se o hesitante teme ao teu corpo destrutivo
Se para os humanos és o baque dentre quedas
Eu te asseguro, que és para mim puro lenitivo!
Angustiado fico ao almejar por teu doce carinho
Como os cactos, impacientes, o crítico espinho
Expecta um dedo, para que consiga machucar.
Te aguardarei no convívio da perdida multidão
Ou no remanso prepotente que traz a solidão
Seja onde for, meu discernimento é te esperar!