Espinhos

Oh poente! Por que comigo tanto obsedas?

A todo momento afligindo meu ar pensativo

E pelas brenhas de minha pessoa, enveredas

Todo por entre um afeto hostil e agressivo.

Tu que de modo algum da vivência te apiedas

Se o hesitante teme ao teu corpo destrutivo

Se para os humanos és o baque dentre quedas

Eu te asseguro, que és para mim puro lenitivo!

Angustiado fico ao almejar por teu doce carinho

Como os cactos, impacientes, o crítico espinho

Expecta um dedo, para que consiga machucar.

Te aguardarei no convívio da perdida multidão

Ou no remanso prepotente que traz a solidão

Seja onde for, meu discernimento é te esperar!

Samira Vilaça Araújo
Enviado por Samira Vilaça Araújo em 28/04/2022
Código do texto: T7504766
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