Soneto de Mulher.
Lágrimas frias, por natureza.
Simplesmente, por ser mulher.
Ao contraste dos olhos e da beleza,
E o suspirar que provocas em quem lhe quer.
Lágrimas tão frias, que silenciam qualquer coração,
Com a virtude de não se ter virtude,
Não ter religião e não saber fazer oração
E onde não se deixa amenizar qualquer atitude.
Ah! Mulher - Pra que essa mágoa mordaz?
Onde está o teu sentimento mais belo?
Desfaça do teu semblante este sorriso amarelo,
Ao bem do meu desejo tão voraz.
Lágrimas, que foram feitas para seduzir,
Mas ao teu mundo, jamais consigo ir...
Rio de Janeiro, 01 de Fevereiro de 2005.