Cosmogonia do “Eu”

Minh’alma jaz – incompleta e adormecida,

Toldada na umbra de um caos primordial,

Aguardando por um nume que, afinal,

Conceda-lhe a doce dádiva da vida.

Nos maelströms da Informidade submergida

Paciente anseia por um mínimo sinal –

De qualquer deus ou deusa um hálito vital

Que com luz e bondade a torne preenchida.

Durmo – e sonho, ninado pelo desejo

De tornar-me verdejante e fecundo

Sob o toque de algum dedo benfazejo…

Ó nume ignoto! Deste torpor profundo

Despertai-me a alma com um amoroso beijo…

Dai-me o fiat pelo qual espera meu Mundo!

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 23/04/2022
Código do texto: T7501133
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