Violeta
É só uma sensação muito inquieta
Que no raso vaso às sombras se aflora.
Era assim benquisto por outros outrora
É agora… um só inútil barro violeta.
Antes belo e farto de rosas lindas
Visto na janela ou ornando a mesa
Não havendo ali um toque de tristeza:
Ou fruto do tempo ou d'Ausência vinda.
Nestes meses, nem a mais...nem a menos
Assim tenho eu dias de rosas e salas
E outros onde a penumbra é triunfante
Até o nausear de ares faustos e amenos
Mas do alto vi-me áureo ante a sina adiante
Em roxa lama que no chão resvala.