TEMPO NÃO SABE VOLTAR
A noite sobre as telhas pousa fria
Meu coração - varanda abandonada
Pela sombra a lembrança é a vazia
Cadeira balançando na calçada
Terreiro livre o mundo parecia,
À brisa leve... quase madrugada,
Movimento da simples alegria
Daquela vida apenas relembrada
E foi-se eternidade em tudo agora,
Conversas, brincadeiras lembram triste
Miragem que de cinzas incorpora
Saudades... é tão tarde, o eco existe
Lembrança a voz materna - inda resiste
“Chame seus irmãos, entrem sem demora”