Órbitas
Naquele amplo caminho, vislumbra-se o teu olhar
Admirar-te, é a evidência crucial da dimensão divina
E é possível confirmar, em teu olhar, navego o mar
Em mais pura exatidão, isso é tudo que me alucina.
Tuas apreciáveis órbitas, muita coisa, de certeza me diz
Pego a pena, na fútil tentativa de teu brilho reproduzir
E se debatendo de amar, o dueto de teu rosto, sou aprendiz
Quiçá, que tal tatilidade será idolatrada no prezado advir?
Coisa alguma sei, todavia, deixo o destino à certa hora
E no desenrolar das noites, a prenunciação da aurora
Penso a todo instante em você, na ansiosa visita onírica.
Essa totalidade é parte de um alentador sustento
Que jamais ouso compreendê-lo como lamento
Mas sim, uma serena projeção, lídima e empírica.