Tudo sou
Trago amargo de imaturidade
Sorvo de ti em "Dó" lamento
Talvez perdera eu a mocidade
Cedo demais, sejas tu mais lento...
Nas encostas da inclinada serra,
Que gravita minha inquietude
Numa neblina que cedo encerra,
Tua visão na minha plenitude.
Acima do que não vês, tudo sou.
Em solstícios de alquimias solenes
Onde a ciência humana não chegou.
Onde os fracos não se arriscam
Caindo por terra sentimentos perenes
De quem ousou amar e fracassou.
Borboleta Raquel (in confidências)