Tudo sou

Trago amargo de imaturidade

Sorvo de ti em "Dó" lamento

Talvez perdera eu a mocidade

Cedo demais, sejas tu mais lento...

Nas encostas da inclinada serra,

Que gravita minha inquietude

Numa neblina que cedo encerra,

Tua visão na minha plenitude.

Acima do que não vês, tudo sou.

Em solstícios de alquimias solenes

Onde a ciência humana não chegou.

Onde os fracos não se arriscam

Caindo por terra sentimentos perenes

De quem ousou amar e fracassou.

Borboleta Raquel (in confidências)

Borboleta Raquel
Enviado por Borboleta Raquel em 21/04/2022
Código do texto: T7499804
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