SONETO DA INDECISÃO
No triunfo galante posso prometer meu riso
Se da clava magna o impacto delicado fosse
Sinto a fera que rasga o peito num corte impreciso
E a mais delicada flor destila mel e aroma doce
Se de tudo o mais veraz amor fosse conciso
E o relâmpago clarão rasgasse o céu veloz
Cai a lâmina sobre a carne do indeciso
Seu destino é enfrentar o seu algoz
Acende a chama ao vento, entoa um breve canto
De lagrimas deflagradas a espalhar em manto
Desatina dor e agonia louca sem verter
Num oceano parvo estrelas desencanto
Se mais brilhante a chama ardente faz um acalanto
Mais escuros ficam os olhos de sofrer.
GRATO AO POETA Harlen Ribeiro pela solução final deste poema, uma palavra apenas e deu o sentido pleno ao restante, grato grande amigo e poeta!
20/04/2022
12:30h