Reticências em braile ou eu que não quero ler
Não sei ler nenhuma de tuas reticências
mesmo decifrar qualquer entrelinha
perco o rumo e tudo de novo desalinha
creio estar bem longe de tuas adjacências
Tento não pensar mas reina displicências
Mais escondo e ainda mais se sublinha
A Sofia escorrega e tudo perde a linha
Alijado estou de todas as minhas ciências
Pergunto-me, há mesmo ambíguos sinais?
Ou são apenas restos de sonhos matinais
envenenados com teus silêncios absolutos
Tuas pequenas aparições quase acidentais
São um fogo fátuo e não são menos fatais
do que parecem ser teus temores resolutos