Tudo o que eu escrevo e o que não minto
Pouco tempo ainda assim conseguiu tatuar
juntaram- se a tantas outras que ainda tenho
marcas, nem mais respostas vazias obtenho
de ti, sem fé, no altar só a dor para cultuar
Mas até com essa já consegui me habituar
Não há culpa, muito embora teu desdenho
machuque a afeição que eu ainda mantenho
mesmo sabendo que nada vai se perpetuar
E se estes versos acaso te pareçam drama
Também não vislumbrei toda essa trama
Quase nunca sei expressar tudo que sinto
Ás vezes simplesmente sai como anagrama
Se a taça quebrou e o vinho agora derrama
tudo o que eu escrevo e o que não minto