CLAMOR DA POESIA
Deita-se o sol em seu dourado rastro,
Após dia de alvura em terras magnéticas
— Seduzida vou replicando astros —
Com visões flamantes na alma frenética.
Ouvi o clamor da poesia em tons triunfais
— Vi poentes nos mares refletidos,
Na irradiação da luz, ventos casuais,
— Trazem à noite sonhos prometidos.
Das vertigens do aroma da framboesa
— Com folhas douradas pelo calor,
Minha embriaguez poética — áurea riqueza!
Ah! Universo de excessivo esplendor
Onde no horizonte incendeia a beleza
Da esfera anil influindo-me compor.
( Reedição)