Eternamente
A vida se apodera do que é nosso
desde quando, é fato, a gente morre
o tempo, implacável, não nós socorre,
só assiste irmos sem nenhum troço.
Pouco sei do assunto, mas falar posso:
Pra outra dimensão, espirito corre
cantando em Sol, Lá, Si, em Dó, em Ré,
feliz... já não será velho ou moço.
A vida assim faz com a poesia
junta o que o poeta diz ou dizia
mas, com as mãos sem nada, o vê partir.
Bens materiais se acabarão
os versos, estes, eternos serão,
relembrando o poeta no porvir.
Josérobertopalácio