DELEITE E VÍCIO...

Morda meus lábios, mas não me tire o sorriso,

Deixe-me esquentar as mãos em teus seios,

Enquanto mantemos esses olhares de desejo,

Implorando e sem parar os corpos corrediços.

Na luta desesperada mas sem receios,

De que no restar da noite continue o viço,

Não só na mente, dominando tudo isso,

Mas no plural do belo substantivo jeito.

Pois não somos agora seres do pecado leigo,

Ultrapassamos a barreira do inocente beijo,

Somos carne, alma em pleno deleite e vício.

Quem pensar ao contrário deste louco nicho,

Nunca fez amor ou paixão, foi mero bicho,

Que perdeu do amor a essência e o relevo.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 15/04/2022
Código do texto: T7495440
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