DELEITE E VÍCIO...
Morda meus lábios, mas não me tire o sorriso,
Deixe-me esquentar as mãos em teus seios,
Enquanto mantemos esses olhares de desejo,
Implorando e sem parar os corpos corrediços.
Na luta desesperada mas sem receios,
De que no restar da noite continue o viço,
Não só na mente, dominando tudo isso,
Mas no plural do belo substantivo jeito.
Pois não somos agora seres do pecado leigo,
Ultrapassamos a barreira do inocente beijo,
Somos carne, alma em pleno deleite e vício.
Quem pensar ao contrário deste louco nicho,
Nunca fez amor ou paixão, foi mero bicho,
Que perdeu do amor a essência e o relevo.