DESVENTURADO POETA.
Os teus olhos cor da noite, de repente, pousaram
sobre o meu moribundo olhar de desespero, que já não suportavam mais derramar uma única lágrima que fosse, tamanha agonia, desespero e solidão.
Era uma desavisada noite de Dezembro, eu bem me lembro, como poderia esquecer tão maravilhoso dia em que o lume Olímpico do teu olhar capturou a órbita terrena desse poeta desventurado e só.
Os dias foram passando, noites traiçoeiras e dia que
pareciam não ter mais fim; você desapareceu, assim repentinamente, como uma sombra você se foi.
Desde então passei a remoer cada fagulha de minhas lembranças, na esperança de te encontrar por lá e
vislumbrar uma vez mais os vestígios de sua beleza.