Destino
Desorientei-me na vastidão de um sonho
como desnorteado estou em um labirinto
sem reaver escapatória, suplico tristonho:
Héracles! Dá-me força junto a teu instinto.
Quero dissipar-me desse enredo infame
bem protegido pelo meu desalmado ego
qual touro de creta, uma besta que brame
dependências das quais não me desapego.
Se no mínimo de Ariadne, eu dispusesse,
um novelo de atilho e uma afiada espada
para esquivar-me fria, de tal besta acuada,
Me libertaria dessa angústia que fenece…
Insólito destino ofertaria à minha estrada,
rascunhando uma inexperiente caminhada.