Destino

Desorientei-me na vastidão de um sonho

como desnorteado estou em um labirinto

sem reaver escapatória, suplico tristonho:

Héracles! Dá-me força junto a teu instinto.

Quero dissipar-me desse enredo infame

bem protegido pelo meu desalmado ego

qual touro de creta, uma besta que brame

dependências das quais não me desapego.

Se no mínimo de Ariadne, eu dispusesse,

um novelo de atilho e uma afiada espada

para esquivar-me fria, de tal besta acuada,

Me libertaria dessa angústia que fenece…

Insólito destino ofertaria à minha estrada,

rascunhando uma inexperiente caminhada.

Samira Vilaça Araújo
Enviado por Samira Vilaça Araújo em 12/04/2022
Código do texto: T7493759
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.