FLOR RECLUSA...
Na sombra ainda vejo o teu brilho,
O meu coração em apego e delírio,
Tua imagem a lembrar uma flor,
Sem razão a se esconder na dor.
Mas também lá estão os espinhos,
A impedir o meu ao teu caminho,
Se é quimera, soa-me por miragem,
Sem gritar por covardia ou coragem.
Talvez apenas um estado lúdico,
No qual quem dá o tom é o músico,
Na indiferença de quem lhe escuta.
Ou quem sabe da saudade o repúdio,
Pois não sejas no campo ser único,
A brilhar em flor, embora reclusa.