FLOR RECLUSA...

Na sombra ainda vejo o teu brilho,

O meu coração em apego e delírio,

Tua imagem a lembrar uma flor,

Sem razão a se esconder na dor.

Mas também lá estão os espinhos,

A impedir o meu ao teu caminho,

Se é quimera, soa-me por miragem,

Sem gritar por covardia ou coragem.

Talvez apenas um estado lúdico,

No qual quem dá o tom é o músico,

Na indiferença de quem lhe escuta.

Ou quem sabe da saudade o repúdio,

Pois não sejas no campo ser único,

A brilhar em flor, embora reclusa.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 08/04/2022
Código do texto: T7490925
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