Ilusão, de quem?
Mesmo que morto eu ainda hei de amar o sonho
E em ti pensar aquela flor de olor
Inebriante... Não estarei tristonho,
Visto que em ti viverei, eterno Amor!
Todo o destino é jucundo e risonho;
Mais razão tem o louco sonhador
Perante o cego realista, suponho...
O vero mundo quero, vi o fulgor.
Basta cavar na consciência viva
Para encontrar ali os caminhos rumo
Ao infinito, a que o vulgar se priva.
Então, transmuta-se o viver da Morte
E o céu insondável ganha agora o prumo...
Vem ora a Dor talhar essa alma forte.