Quero-te!
Quero-te como a noite quer o dia
e como a negritude quer a aurora.
Quero-te com o ardor vivaz de outrora
e com a placidez que o tempo fia.
Quero-te, amor, num beijo que arrepia
e num abraço terno que acalora.
Quero-te com a calma deste agora
e com a efervescência da estesia.
Quero-te, então, serena e ardentemente,
com fúria que suplanta o desencontro
e com urgência em minha tez contente.
Assim resisto as horas de saudade.
Se neste rito o meu destino encontro,
é que alcancei, em ti, felicidade!