Contarei para ti os teus segredos
Este modus operandis é tão estranho
Segredos públicos ainda sim são segredos
Disfarçam os meus como também os teus medos
Perco-me em minha pequenez, mundo tacanho
Diante do que se espera de mim eu me acanho
Foram-se os anéis e agora cortam os dedos
Não há conforto onde se espera degredos
Criei uma teia onde eu mesmo me emaranho
Pergunto: neste mundo o que é cardinal?
Disfarçar com sensatez e ser um banal?
Qual a lavoura que agora devo molhar?
Sei as respostas e isso é só mais um sinal
Não confesso sei o que procuro afinal
Entre todos os olhares o teu olhar