SAUDADE AJOELHADA

Cá, sob este chão de superfície rude

de pouca chuva, seco, natal morada

meu eu, jaz pra sempre em plenitude

a causa da minha narrativa poetada

Fora-se-me nostálgico a cada parada

e, vãos, os sonhos da terna juventude

aqui, pelas calçadas, firme e devotada

lembranças, de um tempo de virtude

Repousa, cá, em paz sob este sertão

emoções, as recordações, do genuíno

sentimento... suspirados do coração!

E, cada sensação sentida, sussurrada

da alma, mescla com o dobre do sino

da Matriz, pondo a saudade ajoelhada...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

03 abril, 2021, 13’58” – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/aGgPecBg2Q0

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 03/04/2022
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