RIO...

Na fonte humilde, surjo água, refrescante

Cresço regato, vou criança e crio margens

Desviando, sorrio, desenhando imagens

E brinco em paisagens, livre e exuberante...

De queda em queda caio sempre retumbante

E cresço em cataratas longas nas viagens

Enfrento corredeiras sigo em véus selvagens

Sonhando meu destino ainda tão distante...

Vou me civilizando, sirvo aos ribeirinhos

Irrigo campo em flor, em trigo e passarinhos

Vou saciar a sede e ligo à "massa" o pão...

Eu passo nas cidades, sujam-me às correntes

E no meu leito morrem vidas nas enchentes

Seguindo em luto chego ao mar, meu coração...

Autor: André Luiz Pinheiro

13/12/2021