Nas mãos do meu oleiro.

Era eu um vaso quebrado.

Cheio de tantas fissuras...

A vida não me tinha poupado

Das mágoas e amarguras.

Um dia, eis que me vê o oleiro.

E da sua arte me faz sua.

Moldou-me com seu amor verdadeiro.

Transformou o vaso em escultura.

Pincelou com tintas salgadas

De lágrimas que dissolveram o barro antigo.

Jamais fui tocada por mãos tão sagradas.

E do oleiro me fiz obra reconstruída

Almejei aprender a moldar assim.

Dando também vida a uma peça partida.

Borboleta Raquel (in eterna aprendiz)

Borboleta Raquel
Enviado por Borboleta Raquel em 01/04/2022
Código do texto: T7486105
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