TEMPO PERDIDO
Era assim, hora e o lugar
E o silêncio reinava em nós
Com o vento, o seu sopro atroz
Varrendo todo o bem do olhar
Era um tempo veloz e voraz
Consumindo sem dó os sentidos
Um querer louco e desmedido
Um lugar vazio, ermo...fugaz
Por transbordar, o amor doía
Por não caber, a morrer vivia
Paradoxo tosco da solidão
Por não ter raiz, fenecendo cai
Por não ter razão logo se desfaz
Medo, desencontro e perdição.