NO OLHAR O ÓCIO...

Não quero destilar meu ódio,

Com palavras tristes e vazias,

Não quero me tornar o ópio,

Da minha mente em noite fria.

Prendi o meu amor próprio,

Sei hoje que foi por covardia,

Por um amor criei teu pódio,

Enquanto o meu não existia.

Difícil foi amar vendo os destroços,

Sentindo perdidos os esforços,

Numa entrega de única via.

Não tendo desse ofício os ossos,

Restando do amor no olhar o ócio,

Que antes me era toda uma vida.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 01/04/2022
Código do texto: T7485448
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