NO OLHAR O ÓCIO...
Não quero destilar meu ódio,
Com palavras tristes e vazias,
Não quero me tornar o ópio,
Da minha mente em noite fria.
Prendi o meu amor próprio,
Sei hoje que foi por covardia,
Por um amor criei teu pódio,
Enquanto o meu não existia.
Difícil foi amar vendo os destroços,
Sentindo perdidos os esforços,
Numa entrega de única via.
Não tendo desse ofício os ossos,
Restando do amor no olhar o ócio,
Que antes me era toda uma vida.