Não há tempo
Tentando esquecer aquilo que me destruiu
Refém estive com os meus demônios e feras
Preso em muitos nós de memórias severas
Sucumbi aquilo que também me construiu
De mundos futuros que o meu eu obstruiu
Noites sem sono, atormentado por panteras
Rasgando-me inteiro e deixando as crateras
Algo vazio e danificado que o tempo estruiu
De tantos trocar socos com este meu passado
Acertei em cheio meu presente e meu futuro
Desabou em mim tijolos de meu próprio muro
Cansado de minha guerra e voltar fracassado
Não serei mais tempestade num contratempo
Sou o que há e não há mais assim tanto tempo