E PORQUE NÃO SONHAR?
Meus pesares pela morte de seus sonhos.
O que cultivar senão piedade
Àqueles que se despedem em tão tenra idade
Da vida em momento tão risonho?
Os meus, ainda contam com a força da puberdade
Confesso, que sob o olhar dos tristes e enfadonhos
Destes tempos duvidosos e medonhos
É perda de tempo e leviandade.
E, porque não continuar temperando meus dias?
Alimentando o imponderável, o improvável, as utopias
Ao sabor dos devaneios...?
Por mais inatingível a meta que presumo
Nada custa persistir neste rumo
É o espaço onde me aprumo, me enlevo, me enleio.