E PORQUE NÃO SONHAR?

Meus pesares pela morte de seus sonhos.

O que cultivar senão piedade

Àqueles que se despedem em tão tenra idade

Da vida em momento tão risonho?

Os meus, ainda contam com a força da puberdade

Confesso, que sob o olhar dos tristes e enfadonhos

Destes tempos duvidosos e medonhos

É perda de tempo e leviandade.

E, porque não continuar temperando meus dias?

Alimentando o imponderável, o improvável, as utopias

Ao sabor dos devaneios...?

Por mais inatingível a meta que presumo

Nada custa persistir neste rumo

É o espaço onde me aprumo, me enlevo, me enleio.

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 30/03/2022
Código do texto: T7484513
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