DO ZERO
Não é ódio que cultivo
Mas, uma lamentável decepção confessada
Em ver a vida assim tão destratada
Pelos mais banais motivos.
Aos poucos se vê configurada
O que aos olhos do Criador me fez emotivo
O alcance de tal poder destrutivo
Desta experiência humana fracassada.
Pode ser que um dia tudo isso mude
(Há ainda quem, que com isso, se ilude)
Mas, não sem antes este mundo voar pelos ares.
E, em meio a seus pesares, ruínas, fragmentos
Vê-se dos corações surgirem novos sentimentos
E, das lágrimas ressurgirem seus mares.