LICOR E VENENO...

Te ouvindo de longe, na minha surdez,

Nesse momento que chamo de lucidez,

Que só me entende quem sabe do amor,

Que sua essência na ausência é a dor.

E meu peito reclamando com estupidez,

Pois soube o teu gosto apenas uma vez,

Por isso meu coração se desfez do rancor,

Transformando o teu beijo em seu licor.

E por causa dessa única e eterna degustação,

Que deixou minha mente presa em tuas mãos,

Ainda chama o sabor do veneno de “tão bom”.

É! Essa loucura de falar-te em plena solidão,

E tendo-te em segredo, e a mim como são,

Mesmo sem mais te roubar no beijo o batom.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 30/03/2022
Código do texto: T7484018
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