APESAR DOS PESARES
Hoje não há estrelas sobre a cidade
A noite silencia, tem medo do breu
E eu rabisco incoerências no papel
No intuito de matar esta saudade...
Os lençóis frios castigam o corpo
Fatigam, impiedosos a pele eriçada
Enquanto o poema grita como um louco
Possui vida própria, a palavra lavrada.
Ouço cá dentro o marulho do mar...
As ondas beijam os corais _sublimes
Numa eterna cantiga de ir e voltar
Amo a voz dos ventos nos coqueirais
Tua falta dói, mas a vida compensa
Este amor que vivi e ficou para trás!