APESAR DOS PESARES

 

 

Hoje não há estrelas sobre a cidade

A noite silencia, tem medo do breu

E eu rabisco incoerências no papel

No intuito de matar esta saudade...

 

Os lençóis frios castigam o corpo

Fatigam, impiedosos a pele eriçada

Enquanto o poema grita como um louco

Possui vida própria, a palavra lavrada.

 

Ouço cá dentro o marulho do mar...

As ondas beijam os corais _sublimes

Numa eterna cantiga de ir e voltar

 

Amo a voz dos ventos nos coqueirais

Tua falta dói, mas a vida compensa

Este amor que vivi e ficou para trás!

Elisa Salles
Enviado por Elisa Salles em 30/03/2022
Código do texto: T7484009
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