Sinto medo!

Medo d'outro amor tentar a vez

E ser o mesmo autor noutro sorriso

Em traje em cor de ópio-embriaguez

Que chega e se apresenta - Sou antigo!

E em sonhos volte a mim como agonia

E chore a lamentar deitado à terra

Por ser fantasma de outra fantasia

Enterro-o ao te ver no EU que berra.

Introvertido Medo trazes o dolo

De escrúpulos revoltos donde disto

A casca abrir o pão ver o miolo!

E a poesia imposta à minha verdade

Voltar-se contra mim sem tê-la visto

Negar-me ao servir de alteridade.

Canoas, 22 de novembro/2007 - RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 22/11/2007
Código do texto: T748386
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