BARRIGA CHEIA, CABEÇA VAZIA

Minha mãe sempre dizia:

Meu filho, você chora de barriga cheia

Ingratidão é coisa feia

Observe as bênçãos de cada dia.

Há os que vivem da migalha alheia

Nos rincões abandonados da periferia

Nos becos, sob o açoite frio das ventanias

Comendo lixo, junto aos bichos, dividindo a ceia.

E, o diabo de perto? Você ainda não viu

Como muitos, nem tampouco comeu e engoliu

O “pão que ele amassou”.

Abra os olhos, rapaz

Escolha é só você quem faz

Existem tantos desafios que você nunca imaginou.