MATINADA

Um alvor. Um feixe doirado

do arrebol, um doce sabor

e, alvoroçado no enredado

da trepadeira, um beija flor

Delgado, assim, apressado

fremente e leve, um primor

cá pras bandas do cerrado

num bailar de brando amor

Neste cenário, a borboleta

numa vermelha flor, poeta

tão mimosa, tão iluminada

Neste fulgor do amanhecer

cantarolas, voejadas a tecer

aclamando a sutil matinada

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

28 março/2022, 05’47” – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/xeFoDhRqf_Q

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 28/03/2022
Código do texto: T7482997
Classificação de conteúdo: seguro