CONFISSÃO
Bem poderia dizer que te desaprendi...
Que já matei noutras bocas o teu beijo
Que meu corpo já não te quer sentir
Nem me ardem as entranhas de desejo.
Diria já que meus poemas tem outro dono
E que outro homem emaranha meus lençóis
Que noutros braços descanso, me abandono,
Despertando noutra cama, noutros sóis...
Mas como revelar-te tais inverdades,
Se meus olhos não folgam à tua lembrança
E me contorço à noite, de saudades!
Ainda tenho na pele o teu gosto_ Açaí!
Na alma a alegria, o gozo, a festança...
Eu confesso e professo: Não te esqueci!