CONFISSÃO

 

 

Bem poderia dizer que te desaprendi...

Que já matei noutras bocas o teu beijo

Que meu corpo já não te quer sentir

Nem me ardem as entranhas de desejo.

 

Diria já que meus poemas tem outro dono

E que outro homem emaranha meus lençóis

Que noutros braços descanso, me abandono,

Despertando noutra cama, noutros sóis...

 

Mas como revelar-te tais inverdades,

Se meus olhos não folgam à tua lembrança

E me contorço à noite, de saudades!

 

Ainda tenho na pele o teu gosto_ Açaí!

Na alma a alegria, o gozo, a festança...

Eu confesso e professo: Não te esqueci!

 

Elisa Salles
Enviado por Elisa Salles em 27/03/2022
Código do texto: T7482086
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