AO ENGANAR A MORTE…UM ADEUS.

Quando a morte vier lépida ao meu encontro,

Seja à noite, de manhã , à tarde ou ao meio dia,

Eu direi à ela: Pode levar-me! Pois, estou pronto.

Mas, permita-me apenas escrever a última poesia.

Deixa-me quebrar a regras, quebrar os protocolos,

Agradecer àqueles que cercaram os passos meus;

Oh! Morte. Pode o homem ser posto abaixo do solo,

Sem deixar, aos que ficam, um último adeus?

Obrigado meus irmãos, obrigado meus pais,

Esposa e filha, queridas. Amigos de perto e virtuais,

A melhor das vidas, graças a vocês, jamais pensei.

E, direi por fim: Ah! Morte...Como te achas esperta.

Enquanto, olhava-me incrédula e boquiaberta,

O último adeus, neste soneto...A todos, eu deixei.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 27/03/2022
Reeditado em 03/05/2022
Código do texto: T7481816
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